Não me importam os crimes políticos: sádica que sou, desejo Crimes de Amor. Numa Filosofia de Alcova, as dores (e os amores) estão repletos de odores. Libertemos as rimas de suas eternas prisões!, um ai de um cai, não sei fazer poesia não. O corpo delira em estrofes, e a respiração da palavra sôfrega, declama almas e suores. Outros ares, em tantos pomares.

– Mas não disse que era rima liberta, e nada certa?

– Não é rima não, é tique nervoso.

Eu não rimo com nada, sou poesia perdida, uma prosa enrustida, palavras e parágrafos sem ponto final. Não tenho Orgulho ou Preconceito, preciso de Grandes Sertões (ou corações), minha Paixão é Segundo B,C, D ou até mesmo H: sou Pólen, Inédita e Dispersa. Muitas vezes sou Idiota, tenho Sons e Fúrias, percorro As Ondas e vou, Rumo ao Farol. Sou Bebedora Noturna, Poema Contínuo, O Corpo o Luxo a Obra, sinto O Perfume, e como Fugitiva, meus crimes sem perdão, são Cem Anos de Solidão. Degusto uma Maçã no Escuro, e O Resto é Silêncio.
Sequestro teu corpo e vou, cada vez mais Perto do Coração Selvagem.

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