Quando ela amanhecia chuva, o vento rasgava cortinas e futuros. Antes de anoitecer, o passado já passara, tão mais distante do que um dia. E a noite caindo, caindo, caindo: era um escuro no fundo. No fundo, quando ela amanhecia chuva, ela sabia do vento, da noite, dos ares passados. Mas nada disso importava. Porque ela sonhava nuvens, escalava ideias, e chovia.

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