Eu

que sou penhasco de sal

enferrujada nas entranhas

Onda bate

vira mar.

Unhas e tropeços

desfolha

revira

desvira altura

em buraco:

profundezas dos meus (s)ais.

É como se.

Era.

Um sopro e um vento

lá vem a ressaca engolindo

margens, embarcações.

Na crista, o barquinho de papel

leva em si(lêncio)

uma palavra minúscula

que marejada

nauseada

teima em não naufragar:

céu.

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