É sangue, ali na toalha:
não crime, não dor,
sangue.
Só.
Desse que circula aqui dentro, esse em ti, em nós, sangue.
Que faz bater coração, esquentar a cabeça (quando quente), gelar os pés (quando frio), arrepiar a espinha (quando medo), dilatar tudo (quando muito).
Na toalha
porque é ali que deposito minhas fomes todas:
de ti.
E vinho tinto, tinta com tinto, vai tingindo tudo em ti,
e nesse tempo pouco que tenho,
o bilhete rascunhado
o vestido rasgado
e minha boca querendo escrever-
te
toda
de trás
para frente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *