Estendi um tapete no meio do sonho,
inundada em suor
nadei pelos ares.
Alguém dizia:
volta…
E eu não
Queria voar a pintar ilhas,
Escalei tuas encostas,
e o tapete ali,
nas tuas costas,
e eu sem saber se era sonho ou verão.
Na parede,
pintada com letras comestíveis,
a frase
“Des nha-me com te s dedos es relados, sonha-m porque n~o sei ais ser céu.”
Entre os dentes, aquele ‘o’ sem encaixe.
O lápis, o tapete,
tua mão e meus sonhos a ilha e as costas o suor escorrido na frase as letras mastigadas
e
entre as pernas,
estrelas.

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