E não era o tempo, o vento, o frio,
qualquer coisa fora
externa
selvagem.
Não era a estação, o inverno, o mês ou o ano.
Não.
Era a noite nua crua o sol nascia e ao se pôr,
levava umas cores, um cheiro,
algo dela que nem ela, (re)conhecia.
No corpo
um sopro um gosto,
a pele orvalhada,
geava.
Gelada, arrepiada, amanhecia.
E eu, de longe, descobria
que aquele tempo era coisa perdida
nesse espaço nosso
nessa distância longa de dias
onde sol lua língua verdes
(re)nasciam.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *