No primeiro acorde,
acorda,
e era voz de sonho,
corpo,
e um tilintar.
Pensou:
recita-me,
porque hoje deixei de ser verso,
reverso e domingo a soprar.
Porque se vão horas,
e dos casulos pendem sedas,
e eu aqui,
toda pêlos, toda poros, toda lua.

(fecha a caixa)

Ah, ali vão cores e cantos,
teus cabelos e o vento,
nos teus pés, areia,
e eu,
inteira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *