E como não falar de rosas? Em terras nacionais, na prosa, quem me pariu foram Clarices e Guimarães. A de sempre, tão já batida, “- Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja”, inicia uma epopeia tão poética quanto só a vida pode ser.

O sertão. Os jagunços. O diabo no meio do redamoinho. A fala esturricada, seca, e as veredas-Diadorim. “Diadorim é minha neblina”, esse amor de homem pra homem, em mim se transforma em tempestade.

Não, não é sobre sertão. É sobre transgressão, amor que subverte, e verte. Tão dentro tão longe tão meu: nossos amores incongruentes. Eu rio, choro, e me apaixono. Riobaldo e seus medos imediatos. “Amanheci minha aurora”. No meio da violência do sertão, a delicadeza dos homens. Do amor entre homens.

Diadorim era “boca de amor”, sertão era para alegrias, “mas, dois guerreiros, como é, como iam poder se gostar, mesmo em singela conversação – por detrás de tantos brios e armas?”.

“Existe é homem humano. Travessia”.

E Guimarães nos atravessa, feito amor, deserto e auroras: feito assim. Diadorim.

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