Ali, o mar. A gaivota e seu mergulho:
das suas fomes, peixes em pleno ar. Uma onda,
mais uma
outra mais
Aqui,
a nuvem nasce das minhas sedes, inglórias
em goles
incapazes de perfurar o deserto
o sertão
infinito tempo das ampulhetas.
Lá,
entre o pescoço e a nuca,
desagua o céu a boca:
a língua salgada desenha
na
areia
asas e tempestades.

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