Não era um útero
era um bunker:
o quê
ou quem
entrasse ali
dali nunca mais sairia.
Era eu e eu
mesma?
Uma autogestação dolorosa,
sangrenta que sangrava
sangrava e enquanto deixava ele
o bunker
mais forte
mais fraca eu ficava.
Dividida entre ruínas e pedras e cortinas esvoaçantes
entre pedra e ar
um corpo dividido ao meio
um bunker defendendo tudo
um bunker me defendendo de mim mesma
um bunker para ninguém.