De matéria líquida e prateada, desfaz-se o nó: enrolado sobre si, abre-se ao sol.

  • Do sal e da areia, delicadamente depósitos em suas asas de mar;
  • O seu vôo assim, para sempre apoiado, a matéria toda aquática, desenha. Seus contornos, em água, azul e onda;
  • Seu respirar aquoso, maleável e silencioso, movimenta oceanos e ilhas;
  • Os barcos não sabem de si. Não sabem de nada. Só os peixes, nadam;
  • Seus corpos lunares dançam águas e profundezas, sabem dos escuros e dos segredos da terra;
  • Os continentes imaginam-se seguros e sólidos, os peixes, quietos, fazem de conta que sim.

Peixes são: luas e oceanos, memória de tempos imemoriais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *