Sol nas pernas em dia frio

tropeço no poema

entrelaçado nos lençóis e

no cheiro do mar.

A noite amanhecida de verão

arrepia a nuca

desperta o doce na língua salgada.

As pequenas revoluções

o beijo molhado

o vinho tinto

os gatos

o silêncio

a dança do sol se pondo

os gozos

que mudam o mundo.

Cru,

o poema desliza pelo rochedo

e volta ao mar

sangue e suor e corpo

vencendo violências.

Vivo

o poema

pulsa

pelas

frestas

das ventanias.

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