Esse Eu rústico, áspero, cheio de mofo, musgos, úmido e verdejante. esse “eu” abandonado à vida, simplesmente vivendo. (a paisagem do nascimento desse eu é desnuda: a mesa empoeirada no vilarejo deserto). É um eu tão livre que, transparente, atravessa e se deixa atravessar. Eu solto, voa, e deixa-se levar por sopro, brisa ou vento. É um eu assim, que pousou na manhã cheia de passarinhas vozes. É um eu fora e tão dentro, que é o centro da terra, altura do céu, fundura de mar. é eu que não cessa de trovejar. é eu que mergulha, flutua, goza. um eu assim, quase nós.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *