É que eu queria chorar como quem chove,
mansa e perfumada
em dia de poeira.
É que eu queria amanhecer feito manhã desfolhada,
cheia de cores e alguns ardores.
É que eu queria perder as flores,
acabar em fruta,
madura,
caindo do pé,
sem caroço nem osso.
Queria ser casca e polpa.
Queria flor se fazendo carne.
Mordo-me:
sem fome alguma.

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