Aconteceu na minha pele.
Numa noite de luzes amareladas, olhos bebiam vinho, a voz de pausa em pausa.
Quando na porção mais distante de mim, os pés percorreram milhas no futuro que o coração ditou. A pele era estrada.
A pele foi caminho.
Nas savanas do pensamento,
no deserto,
choveu.
Das miragens brotaram sonhos, saliva e veredas.
Das areias do meu corpo, destruí castelos para dançar nua entre estrelas e noites, livre de tetos e amarras.
O tempo todo,
em toda a extensão,
acontece da minha pele ser mapa, astrolábio,
norte sul leste e oeste
de lugar nenhum.

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