A manhã nasceu outona: vermelhos sóis em sopro frio.
Da janela, a primavera
acena numa última flor
a cigarra foi-se
trocada de pele
e do pólen
a abelha voa só.
No tapete uma luz quadrada
quente
de sol que nasce assim
no chão
no som
nas folhas que sussurram a canção do tempo:
eco
eco
as árvores sacodem cabelos e pensam alturas.
Nós,
sonhamos dias estações noites luas cores e céu azul
mas é do (pro)_fundo
que nasce voz.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *