Te tocar como se não houvesse amanhã. E não há. O mundo perto do fim. O amanhã é sempre um susto. Morre-se. Mas também se vive: agora,
ontem é lembrança.
Te amar como se fosse o fim: e sempre é. O fim do dia,
da dor,
da taça,
do hoje.
Da noite.
Há entre o deserto e o olhar, a imprudência do se querer jardins com jasmins, nuvens que formem oceanos, sonhos de ti.
Prefiro te amar nessa manhã que acorda preguiçosa, sem amanhãs, por entre lençóis, sem futuros.
Não espero nada do amanhã. Prefiro amanhã seres.
Muito inspirador! bjo