“Fica dito – não se pode traduzir sem…

  • Ter uma filosofia a respeito do assunto;
  • Ter o mais absoluto respeito pelo original;
  • O atrevimento ocasional de desrespeitar a letra do original exatamente para lhe captar melhor o espírito;
  • O mais amplo conhecimento da língua traduzida;
  • Acima de tudo, sem o fácil domínio da língua para a qual se traduz;
  • Cultura;
  • E, também, contraditoriamente, não se pode traduzir quando se é um erudito, profissional utilíssimo pelas informações que nos presta – que seria de nós sem os eruditos em Shakespeare? -, mas cuja tendência fatal é empalhar a borboleta;
  • Intuição;
  • Ser escritor, com estilo próprio, originalidade sua, senso profissional;
  • Não se pode traduzir sem dignidade”.

(Millôr Fernandes)

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