Era das costas que soprava aquele vento, ventava como se o céu fosse mar, revolto, revolta no dentro de si, um frio, um fogo, uma pedra escalada, e no cume, pássaro e asas, salto e sol, sal também, da lágrima, do lago, do rio que corria antes lento agora sôfrego, com vontades e ondas,

Era nas costas que soprava aquela vela, aquele rumo, a rota perdida de ilhas esquecidas, esse vento, esse outono que trazia folhas e vermelhos, lábios rubros feito brasa em lenha, nessas costas, barco e porto, chegada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *