Mesmo em dia de chuva.
Muito em dias de sol.
A sombra.
O corpo todo tragado por ela:
eu, carne e osso,
a etérea forma
que escorre
pela calçada,
desliza
pela parede,
sobe,
disforme,
pelo muro prédio telhado.
Mesmo aqui, além de mim.
Mesmo agora, para lá do tempo.
É que no mais escuro de mim,
não vejo nada.

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